"Portento" - para os outros de mim
Tenho comemorado o que só sou,
O que em mim me soou, uns rasos voos
Entre o chão da razão e a escuridão
Que entre o sim e o não vingam. Já são
O que em mim me soou, uns rasos voos
Entre o chão da razão e a escuridão
Que entre o sim e o não vingam. Já são
As venturas da verve que me estão
A levar nesta vida, atado ou não
Às tensas incertezas do que sou
Por ser tantos, de vez, sem ser censor
A levar nesta vida, atado ou não
Às tensas incertezas do que sou
Por ser tantos, de vez, sem ser censor
Dos eus que, bem distintos, vão formando
Um todo heterogêneo, como um bando.
Tenho comemorado, feito louco,
Um todo heterogêneo, como um bando.
Tenho comemorado, feito louco,
Todos em mim, sem fim: sonhar é pouco!
Dizer de mim quem sou, ouso tampouco.
Ah, mistério em que estou me amalgamando!
Dizer de mim quem sou, ouso tampouco.
Ah, mistério em que estou me amalgamando!
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