Eles disseram, sim, disseram
Haver mais vida, o paraíso
Entre as frestas frágeis dos sonhos,
O amor, entre as sobras, o amor
Dentro dos silêncios, distante
Dos grilhões de um gesto, mas tudo
Era arquitetar o perímetro
De tudo pra tudo, sem volta,
Entregando ao corpo a vazão
Do instante, porque havia amor
Sobretudo, amor, entre vírgulas,
Entre as trevas dos ecos íntimos.
Eles disseram, sim, disseram
Haver outro sumo, uma ponte
Pra o infinito do que se sente,
Ante os fósseis do eu profundo.
E mentiram. Como mentiram!
Resta pra a carne da alegria
O espanto de não haver nada,
Além dessa bruta lembrança.
Entregando ao corpo a vazão
Do instante, porque havia amor
Sobretudo, amor, entre vírgulas,
Entre as trevas dos ecos íntimos.
Eles disseram, sim, disseram
Haver outro sumo, uma ponte
Pra o infinito do que se sente,
Ante os fósseis do eu profundo.
E mentiram. Como mentiram!
Resta pra a carne da alegria
O espanto de não haver nada,
Além dessa bruta lembrança.
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