terça-feira, 17 de julho de 2012

Adriano Nunes: "Portento"

"Portento"



Noite insólita aquela.
A palavra arriscada,
Outra propícia ponte
Pra tudo e para nada.
Sob intacto horizonte,
A alegria mais bela,

O inesperado encontro:
O diâmetro mor
Entre a trêmula carne
Do lápis e o que vale
Por cantar-te, portento,

Ó Poesia, adentro.

Pra os assaltos do amor,
Eu não estava pronto,

Ignorava a armadura
Do instante, do prazer,
Até me desfazer
Por ti, Musa perjura!


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