"A noite pulsátil"
Solta, pouco a pouco,
A noite despenca
Do penhasco ignoto.
O néctar da treva,
Todas as estrelas
Elevam-se, estreiam,
Antilhas de brilho,
Belas, sobre o breu
Profundo, poema
As alas abrindo
Do infinito quântico
Da tela, do instante,
Pra a ululante lua.
Outrora o amarelo
Impregnava o álibi
Pretérito, imerso
Em alguns cromáticos
Ecos e desertos.
Agora, essas sombras
As sobras dos astros
São, tormento e estética.
Velha, pouco a pouco,
A noite de si
Suspende-se intacta,
Semáforos e
Sentidos e signos,
Agouros e gozos
E as algaravias...
Do negrume, salta,
Pulsátil, a noite.
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