sábado, 16 de abril de 2011

Adriano Nunes: "Não vês, frágil menino?"

"Não vês, frágil menino?"


O tempo é... De costume,
O tempo logo assume
A lógica de tudo.
O tempo é todo agudo.

O tempo... Um trem seguindo
Em frente, em trilho infindo.
O tempo é tão traquino!
Não vês, frágil menino

Abrigado em meu peito,
Não vês quanto perfeito
O tempo é? Nessa esfera,
Qualquer quimera emperra.

O tempo não tem folga,
E o entendimento empolga.
O tempo é mesmo pólvora...
Explode o nexo agora.

O tempo, grã miragem,
- As coisas mal reagem
Aos seus efeitos - passa...
E o meu tempo devassa.





2 comentários:

Wilson Torres Nanini disse...

Adriano,

tempo, traça que tudo traça, não sem antes propor delícia e cobrar em pungência.

Forte abraço!

carmen silvia presotto disse...

Tempo menino, este que percorre os espaços de teus versos... ele vem em círculos a conversar com quem te lê.

Um beijo Adriano, boa semana.

Carmen.