"Numa caixa d'osso" - Para Antonio Cicero.
O cérebro pensa
Estar sobre tudo
E, mesmo mudo,
Plena onisciência,
Planalto no nada.
A deus-eixo preso,
Entre mil cabelos
E vertebral Atlas,
Numa caixa d'osso,
O cérebro sente
Ser só. Diferente-
Mente, do pescoço
Pra baixo, um liame
Faz-se pelos órgãos
Vassalos-pagãos
E ninguém reclame
Do caos das sinapses:
Um amor perdido,
Os versos no olvido
Do trilhar do lápis.
6 comentários:
adriano,
sensacional! sua poesia me surpreende a cada novo verso.
as fontes de onde você retira a inspiração parecem ser inesgotáveis por causa do seu talento grandioso,
é um prazer imenso vir aqui,
grande abraço!
Cara Betina,
A única coisa que possuo são os meus poemas os quais amo como se fossem meus filhos. E qual pai não quer fazer o melhor por um filho ou ao menos tentar?
Muito grato por suas palavras!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Extraordinário...só mesmo um médico para criar tal imagética.
bj
Cara Ana,
Que bom que você gostou desse meu poema! A Medicina facilita mesmo criar as imagens... Mas o meu coração de vate é que as coordenam.
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Parabéns pelo selo, pelo prêmio, pela poesia.
Gostei muito e não repare em meus modos, encontrei a porta aberta e adentrei reparando; costume feio, porém ao qual me dou ao desfrute. Feio é entrar, reparar e não falar, isso sim.
Abraço: http://jefhcardoso.blogspot.com/ de blog em blog>>
Que imagens, Adriano! Que poema... Fantástico. "O cérebro sente... Ser só".
abraços!
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