"No papel. Salvador" - Para João Mateus.
Eis a vida vertida
Do verso, quase sonho
Ou mais: mágica lida
Que, de repente, exponho
No papel. Salvador
Dista demais. O mar,
À vista, já não há.
Tudo provém da dor
Da saudade. Não tarda
A esperança. Somente
Vinga o Sol reluzente
Do Norte, a pele parda
Do crepúsculo. Até
A alegria mais linda
Parece que não é
E, fugazmente, finda.
5 comentários:
A fugacidade, eterno tema, eterna angústia.
bj
adriano,
um verso primoroso!
sentimentos explodindo, como ondas.
um beijo.
Cara Betina,
Creio também em Deus, mas não nesse Deus humanizado, cruel, vingativo feito à semelhança dos homens. Minha razão não me permite ter tal fé.
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Encontrei o poema
"Atraves das frestas"
lá com o Antonio Cícero
e um brilho bom, muito bom...
"No papel. Salvador"
Eu confesso e ponto.
No ponto sem diversão
porque finda, salvador.
Devir louco ou bobo, que
soluça ou espreita a sal
a carne mortifica o belo
Poeta, que nos resta, festa
ri/mas palavra dor amor ardor
e a certeza que não se chega
Valeu, Adriano
adriano,
eu imaginava que sua crença não fosse limitada, e agradeço por ter dito estas palavras e me dado a oportunidade de dizer que também não há lugar em mim para uma crença que humaniza deus a ponto de ele se tornar um humano egoísta, autoritário e vingativo.
você tem um coração aberto, e os braços também, isto é muito especial!
grande abraço!
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