quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Adriano Nunes: "De vez em quando"

"De vez em quando" 



De vez em quando,
Canto o meu canto
Quântico, espanto
As bruxas, mando  

Tudo pra o inferno,
Eu sangro e grito
E abrigo, tímido,
Em grã silêncio, o


Grácil grafite,
A folha em branco,
Raros rabiscos.
No coração,
Regras e riscos,
A seiva e o ritmo
De algum segundo

Íntimo, fundo.

E quando, sob 

O efeito fértil
Das incertezas,
Outra alegria
Vier à tona,

Entonarei
Então a mesma
Gasta canção.



Um comentário:

Eleonora Marino Duarte disse...

é sempre definitiva a sua leitura do momento, do poema, da palavra exata!

beijo, meu querido.