sexta-feira, 11 de maio de 2018

Adriano Nunes: “Noturno”

“Noturno”


Entre o friozinho advindo
De Favônio e um medo de
Não sei o quê que me tira o
Sono, a voz de Bartoli,

Cantando árias de Mozart,
A minha existência invade.
Tudo ferve, tudo arde...
Ah, vácuos de vãs verdades!

Quem me penso ante a beleza
Da canção que ecoa aqui?
De quais eus meu ser se queixa?

Ah, por que me fiz tão só
Em cada verso, em estéticas
De áleas, e alheia espera?

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