“Ylyalim”
Nada foi fácil - repete pra si
O velho Ylyalim, enquanto brinca
Com algumas pedrinhas, ante a bica,
Aquela mesma bica de marfim
E medos, de esmeraldas, onde Sísifo
Banhava-se nu, antes do castigo
Infindo. Por que brinca, só, ainda
O velho Ylyalim, enquanto a vida
De tudo parece dar-se a um porvir
Sem portentos, como se um cruel crime
Estivesse pra cometer, no mínimo?
Nada é fácil - diz o velho feliz.
Há muito está só, lúcido e até livre
De suas grãs astúcias e tolices.
Livre, brincando com as pedrinhas
Ante a bica de pedras e marfim,
Sem lamentar coisa alguma, nem isso
Que lhe furta os pensamentos - Aqui -
Diz para a água que escorrega fria
Entre os dedos enrugados, feridos -
A tocar-te estou, líquido destino!
Segues sem mim e assim símile sigo!
Agora brinco com as pedras, vivo!
Agora brincas, com arte, comigo.
Para quê? Não me digas! Não me digas!
Nada foi fácil! - repete pra si
O velho Ylyalim, enquanto ri
Do acaso que arquitetara o devir.
O velho Ylyalim, enquanto brinca
Com algumas pedrinhas, ante a bica,
Aquela mesma bica de marfim
E medos, de esmeraldas, onde Sísifo
Banhava-se nu, antes do castigo
Infindo. Por que brinca, só, ainda
O velho Ylyalim, enquanto a vida
De tudo parece dar-se a um porvir
Sem portentos, como se um cruel crime
Estivesse pra cometer, no mínimo?
Nada é fácil - diz o velho feliz.
Há muito está só, lúcido e até livre
De suas grãs astúcias e tolices.
Livre, brincando com as pedrinhas
Ante a bica de pedras e marfim,
Sem lamentar coisa alguma, nem isso
Que lhe furta os pensamentos - Aqui -
Diz para a água que escorrega fria
Entre os dedos enrugados, feridos -
A tocar-te estou, líquido destino!
Segues sem mim e assim símile sigo!
Agora brinco com as pedras, vivo!
Agora brincas, com arte, comigo.
Para quê? Não me digas! Não me digas!
Nada foi fácil! - repete pra si
O velho Ylyalim, enquanto ri
Do acaso que arquitetara o devir.
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