"Um mar a mais"
Ah, o devir contra o dever!
Este mar a mais pode ser
O amar, outra trilha a buscar
Qualquer lugar, qualquer saída,
Outro ritmo, lá no Pelô,
Onde sequer sei como estou,
Porque a lira livre delira.
Este mar a mais pode ser
O amar, outra trilha a buscar
Qualquer lugar, qualquer saída,
Outro ritmo, lá no Pelô,
Onde sequer sei como estou,
Porque a lira livre delira.
Pode ser o que já não cabe
No sentir, por amalgamar-te
No intacto existir, pra cantar-te,
Pra dar-te o que em ser mais admiras.
Pode ser que seja este canto,
Onde a onda do a-mar advém
Da língua a roçar a alegria
- Mais que as verdades, as mentiras, -
No sentir, por amalgamar-te
No intacto existir, pra cantar-te,
Pra dar-te o que em ser mais admiras.
Pode ser que seja este canto,
Onde a onda do a-mar advém
Da língua a roçar a alegria
- Mais que as verdades, as mentiras, -
Que é o amor, que já transbordou,
Que vem água e espuma virar
Na orla aleatória de Ondina
Onde tudo se descortina,
Para ser mesmo imenso mar,
Como se arrebentasse adentro
Do sonhar, a cada momento,
Pois certo é que o mundo gira.
Que vem água e espuma virar
Na orla aleatória de Ondina
Onde tudo se descortina,
Para ser mesmo imenso mar,
Como se arrebentasse adentro
Do sonhar, a cada momento,
Pois certo é que o mundo gira.
Ah, disperso mar de silêncios
Que é todo o gostar de pensar-te
Assim, areia e sol, calor
E cor, sereias e tritões,
Ipanemas, Leblons, sons bons,
Fundo em mim, pra não estar só
Com metáforas e desculpas,
Acendendo no peito a pira
Que é todo o gostar de pensar-te
Assim, areia e sol, calor
E cor, sereias e tritões,
Ipanemas, Leblons, sons bons,
Fundo em mim, pra não estar só
Com metáforas e desculpas,
Acendendo no peito a pira
Do desejo que te deseja,
Pra singrar em ti, em sentidos,
Mergulhando no abismo íntimo
De um ritmo, duma valsa avulsa,
Porque tudo no verso pulsa,
Porque tudo no verso é risco,
Porque o infinito o verso aspira.
Pra singrar em ti, em sentidos,
Mergulhando no abismo íntimo
De um ritmo, duma valsa avulsa,
Porque tudo no verso pulsa,
Porque tudo no verso é risco,
Porque o infinito o verso aspira.
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