"Quando tudo já não vale"
Para que pressa
Se o poema pronto só está
Quando bem quer, quando diz
Ao poeta: "pronto! Estou
Pronto!". Pode levar dias, meses, anos.
Pode levar o quanto
Necessário for,
Para espanto do leitor,
Para espanto do autor.
Pode dar em nada.
Se o poema estiver certo de que já pode brotar
Na folha alva, ele para ela salta,
Ele sempre quer dar as cartas.
Mas como sabê-lo perfeito em si mesmo?
Como parar a caneta, o lápis, o dígito
Do teclado automático?
Como deixar falá-lo?
Às vezes, deixo-o vir, versos em falso,
Tropeçando, pisando em ovos,
Até quase me enganando
Em seu estético propósito.
O poema é, não duvidem, acertar na trave,
Quando tudo já não vale.
Se o poema pronto só está
Quando bem quer, quando diz
Ao poeta: "pronto! Estou
Pronto!". Pode levar dias, meses, anos.
Pode levar o quanto
Necessário for,
Para espanto do leitor,
Para espanto do autor.
Pode dar em nada.
Se o poema estiver certo de que já pode brotar
Na folha alva, ele para ela salta,
Ele sempre quer dar as cartas.
Mas como sabê-lo perfeito em si mesmo?
Como parar a caneta, o lápis, o dígito
Do teclado automático?
Como deixar falá-lo?
Às vezes, deixo-o vir, versos em falso,
Tropeçando, pisando em ovos,
Até quase me enganando
Em seu estético propósito.
O poema é, não duvidem, acertar na trave,
Quando tudo já não vale.
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