domingo, 25 de junho de 2017

Elinor Wylie: "Beauty" (tradução de Adriano Nunes)

Elinor Wylie: "Beleza" (tradução de Adriano Nunes)


Não afirmes da beleza que ela
Seja qualquer coisa além de bela,
Ou às asas de madeira das pombas suave
As suas asas selvagens de ave


Não a chames cruel; o toque dessa palavra
Consume-a como uma praga;
Mas não a ame de maneira infinda,
Pois isso é pior ainda.

Ó, ela não é má ou boazinha,
Mas inocente e selvagem!
Exalte-a e ela morre, quem tinha
O pétreo peito de um jovem.

Elinor Wylie: "Beauty"

Say not of Beauty she is good,
Or aught but beautiful,
Or sleek to doves’ wings of the wood
Her wild wings of a gull.

Call her not wicked; that word’s touch
Consumes her like a curse;
But love her not too much, too much,
For that is even worse.

O, she is neither good nor bad,
But innocent and wild!
Enshrine her and she dies, who had
The hard heart of a child.


WILYE, Elinor. Collected Poems of Elinor Wilye. New York: Alfred A. Knopf, 1932.

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