terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Adriano Nunes: "Por que assim ser há de?"

"Por que assim ser há de?"

Não sei por que me invade
Tal tristeza tamanha,
E, logo, me abocanha
Casca e carne, a unidade

Do que me penso, a entranha
Sináptica da tarde,
Tudo que em meu ser arde.
A vida até me estranha!

Ah, vã perplexidade
De estar triste, barganha
Que apático me apanha!
Por que assim ser há de?

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