"Por que assim ser há de?"
Não sei por que me invade
Tal tristeza tamanha,
E, logo, me abocanha
Casca e carne, a unidade
Tal tristeza tamanha,
E, logo, me abocanha
Casca e carne, a unidade
Do que me penso, a entranha
Sináptica da tarde,
Tudo que em meu ser arde.
A vida até me estranha!
Sináptica da tarde,
Tudo que em meu ser arde.
A vida até me estranha!
Ah, vã perplexidade
De estar triste, barganha
Que apático me apanha!
Por que assim ser há de?
De estar triste, barganha
Que apático me apanha!
Por que assim ser há de?
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