domingo, 10 de agosto de 2014

Adriano Nunes: "No íntimo do que há"

"No íntimo do que há" 



À vidraça a chuva se agarra.
Com o frio, esvai-se o olhar
Além da paisagem. Nada
De nítido quer restar.

Trôpega, para, à socapa, 
Uma andorinha. Solar
Alegria se amalgama
No íntimo do que há.

Faz-se quântica emoção
Em minha retina. A mágica
Palavra me sonda e arde:
É verão uma só ave!

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