quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Adriano Nunes: "Meu ser de tudo se solta"

"Meu ser de tudo se solta"


Noite, e há o rastro de
Saber-me, sem fim, em ode.
Chove. A pensar toda a lida,
Sinto que em mim incontida
A existência de si salta,
Qual a lua, agora, alta.

Noite... E que ainda se pode?
Beber-me? Talvez só de
Imaginar a saída
De emergência para a vida,
Meu ser de tudo se solta,
Qual o sim que já não volta.

Ó ver que o infinito em verso
Quer conceber, n'alma imerso!

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