"às claras"
o tempo não tem alma.
o tempo passa.
a penas, suave, à socapa, às claras.
apenas passa...
e o que de mistério há
sob esse céu nublado
é frio, fome, fúrias, fábricas, feridas, farsas,
a engrenagem enferrujada
do que na fala se acha,
todos os arquétipos e a nata
da falsa felicidade
a flutuar
no leite podre da esperança:
a existência, quem a alcança?
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