"Ó, solidão de sóis e riscos!"
Madrugada. Sono é não ser.
Tantas tristezas impregnadas
Em minha face, aquela mágoa
Mesquinha, em busca de porquês...
Tantas tristezas impregnadas
Em minha face, aquela mágoa
Mesquinha, em busca de porquês...
Ah, por que temos que existir
Pra tudo, para o nosso íntimo?
Ah, por que temos que sentir
A dor de existirmos assim?
Pra tudo, para o nosso íntimo?
Ah, por que temos que sentir
A dor de existirmos assim?
Tragam-me o vinho de Dioniso!
Tenho pressa! Tragam-me a Lira
De Erato! Tragam-me a esperança
De que esperar mesmo adianta!
Tenho pressa! Tragam-me a Lira
De Erato! Tragam-me a esperança
De que esperar mesmo adianta!
Ah, por que dói-me o ser em si?
Por que me fere a expectativa
De haver saída intempestiva?
Por que esperamos o porvir?
Por que me fere a expectativa
De haver saída intempestiva?
Por que esperamos o porvir?
Ó, solidão de sóis e riscos!
Tragam-me o ácido do amor,
Urgentemente! De Cupido,
As flechas acertem-me, às pressas!
Tragam-me o ácido do amor,
Urgentemente! De Cupido,
As flechas acertem-me, às pressas!
Madrugada... Sonhar é ver
A ferida do agora aberta.
Ah, sofrimento multiforme,
Que queres fazer do meu ser?
A ferida do agora aberta.
Ah, sofrimento multiforme,
Que queres fazer do meu ser?
Adriano Nunes
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