sábado, 4 de março de 2017

Adriano Nunes: "De tudo que é"

"De tudo que é"


Da Barra aos bonecos
De Olinda, do frevo
Ao forró, ao axé,
Onde fora mesmo
Que me atei à sua
Alegria, certo
De que meu ser não
Mais teria que
Soltar suas mãos?
Sonhos restarão?
Das escolas tantas
De samba de Sampa,
Dos blocos de rua
De Itu, Macaé,
Às travas e trans
De Ipanema até,
Da festa na praia
À tara que raia
Em cada palavra,
Não sei bem, confesso,
Se houve porquês,
Se houve proeza,
Pressa ou promessa,
Pra que me vestisse
De tudo que é
Você, pra prazer
Só fingir ou ter.

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