"O que o amor me concede"
Atravessa-me a noite. Aos livros rente,
Procuro desvendar-me.
Que em mim soou o alarme
Pra avisar-me da lida, de repente?
Lanço-me à folha, ao lápis. Posso dar-me
À linguagem, contente.
Sinto-a, e ela me sente:
O infinito a engendrar-nos, o desarme.
Ó ilusão ululante,
São onze horas quase, e Erato cede
Aos apelos do amante
De canto doce e de-
Terminado. Que em versos eu bem cante
O que o amor me concede!
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