"O poema"
O poema...
Aquela valsa avulsa,
Aquela vista em volta,
Aquela vasta voz.
Depois, era descer
Às gretas do infinito
Do âmago, às crateras
De um perigo possível,
Arder, atento, em busca
Da mágica quimera
Que o instante agora encerra,
Invólucro de luzes.
O poema,
Pouco a pouco, às laringes
De grafite se funde,
À folha... E tudo surge,
Súbito, claro cosmo
De imagens, águas-vivas,
Tritões, conchas, medusas,
Cidades esquecidas.
Depois, era voltar
À superfície frágil
Da vida, às ilusões,
Dar-se à êxtase exótico.
Um comentário:
É um grande poeta o meu amigo.
bj
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