"Um pedacinho que vai" - Para Antonio Cicero
A vida é a vida.
Cedo ou tarde, tudo
Nela cabe: surtos,
Mentiras, vontades,
O que ninguém sabe,
Áurea realidade.
A vida é a vez,
O que não se pode
Perante o silêncio
Do acaso, da sorte.
Se assim nos assusta,
Se assim nos alegra
Com rígidas regras,
Se até nos abriga
Com a gravidez
Múltipla, não é
Senão voraz Arte?
Dentro da memória,
Fica um pedacinho
Que vai, sem mais volta,
Verso declamado
Outrora, o amor mor
Com a eternidade
À prova, a grã dúvida
Do que se fez vasto,
Necessário, inúmeras
Portas: esta vida...
Como decifrá-la,
Com a fala, enquanto
Ela nos devora?
4 comentários:
No fundo de cada alma há tesouros escondidos que somente o amor permite descobrir.
Muito legal, Adriano!
A vida é isso mesmo, perfeitas palavras.
Grande abraço e sucesso!
cicero deve ter gostado dos sentidos que você apontou na vida.
belo, meu amigo!
um beijo.
Emoções, Evandro e Betina,
Que bom que gostaram! Fico muito feliz!
Abraço fraterno,
Adriano Nunes.
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