domingo, 13 de março de 2011

Adriano Nunes: "Pra a Arte"

"Pra a Arte"



As portas?
Janelas?
Que importam
Agora?

Que fresta
Pra a Arte
Bem resta?
A vez 

Da lida?
A cor 
Dos átimos
Do fado?

Devasta-me
O que não
Há para
Dizer.

Sentenças 
Sangrando...
Silêncios
Nos cantos

De mim.
E era
Assim
Que vinham

Dos báratros
Do acaso,
Dispersos,
Meus versos.

Agora?
Nem portas
Nem práticas
Janelas.

Os versos
Só vêm
Se esqueço
Que sou

O bardo
Que os teço.
Um outro...
Que houvera.









3 comentários:

Celso Mendes disse...

Segredos sempre sangram em versos; vazão de sentimentos do poeta.

Muito bom!

Abraço!

Cila disse...

Nostálgico que faz pensar. Muito bonito!

carmen silvia presotto disse...

O silêncio atravessa o tempo
não sente


ensina
refina
pressente
borbulha

No ar
está um raro efeito

O Amor atravessa o tempo.

Hey, Adriano, mando um poema meu, para conversar com o teu, beijos e boa tarde.