"Em cada imagem criada"
Vinga a alegria do vate
Em cada imagem criada.
É revelada a palavra
À tez da memória, à margem
De sombras, leitura e espanto,
Feito insólito espetáculo,
Ante um sonho relembrado.
O seu tempo é mesmo vasto
E não marca o mero instante
De fuga: Só há a vontade
De o pensamento abrigar
Em signos, significados,
- Mágica festa sináptica -
À revelia do acaso.
Verso, do que sois capaz?
Como nos determinais?
Servos da contemplação,
Dos ritmos, somos, vassalos
Dessa arquitetura abstrata,
Dessa perigosa estrada
Construída de esperança
E mais... Ó bardos amados,
Sobre o infinito em nós haja
Pra sempre a nossa canção
Às grãs Musas! Salve! Salve!
À bruta felicidade!
Assim, estaremos salvos
Do abismo da folha em branco.
2 comentários:
O poema é excelente e venho desejar-te um novo ano com saúde e muitas alegrias.
Beijo
Adriano,
Com saudade, lá da minha nuvem venho lhe desejar um ótimo e Feliz Natal, bem mais alegre do que o retratado no seu ótimo post anterior. Estava com saudades dos seus versos primorosos!
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