"Do amor para assim entender"
Do amor, que se pode dizer
Se dito fora mesmo tudo,
Se quem ama fica até mudo
Ante magnânimo prazer?
Do amor, que se pode querer
Se querendo nada se tem,
Se tendo não há nenhum bem
De fato? É somente morrer
De amor para enfim entender
A falha de qualquer remédio:
Não calha a melhora do objeto,
Tempo, sequer o faz temer,
Ausência, nunca o torna ausente,
Ingratidão, é que não sente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário