"Soneto de Amor VIII"
Digo ser amor esse engano
Guardado no peito, esse encanto
Que meus olhos escondem tanto.
Que gosto perigoso e insano
Dizer por dizer 'eu te amo',
Cobrindo a existência de pranto,
De dor tudo que agora canto,
Com as sobras do teu 'te amo,
Meu bem'. Para o meu próprio bem,
Proclamo: como amar alguém
Se mal sei 'te amo' dizer?
Assim, entre o medo e o prazer,
Grito: Não consigo dizer
Por dizer 'amo-te também!'.
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