segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Adriano Nunes: "Tempo"
"Tempo"
Tempo para o quê?
Tempo para quando?
E até mesmo quando
Ou mesmo por quê?
Tempo para o verso
Ou versos ao tempo
Desse contratempo
Temido e perverso?
Por que o tempo passa
Demolindo a linha
Da vida que é minha
E tudo devassa
E tudo devora,
Símiles, opostos,
Mantendo-os expostos
No momento agora?
Por que não se despe-
De, volta a ser deus
E vislumbra os seus,
Do céu, não se despe
Do relógio, dígito
Do despertador,
De toda essa dor,
Do caos que cogito?
Por que nunca foge
De si, da Seara-
Láctea, gira e pára
Para ver São Jorge
Na Lua e na sua
Responde: Pra quê?
Pra quando? Por que
Mais se perpetua?
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Apreciei o seu trabalho!
Que ainda por cima lhe deve ter dado "muito trabalho"...
Um abraço
Caro Vieira,
muito grato!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
Adriano, parece que ambos estamos antenados hoje no tempo, como notou o Mariano... :-))
Postar um comentário