"Exérese poética"
É preciso expor o poema
No vão da folha, revelá-lo
À vista, dentro do intervalo
Existente, exérese extrema,
Suprimindo qualquer verdade,
Qualquer promessa, mesmo que
Pese a pergunta 'mas por quê?'
Relevando tudo mais tarde?
Ou quem sabe abraço esse fardo
Factível de fracasso e farpa
E, refaço a vida, enquanto ardo,
Enquanto nem um verso escapa
Ao corte temido do dardo
Lançado por mim, à socapa.
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