"À ilusão última que tudo emperra"
Disseco o seco do disse-não-disse,
Ao máximo, todo o clímax das máximas.
Não quero em mim o rótulo robótico
De ser moralmente método e máquina.
Não me interessa o futuro infrutífero,
Seus matizes, suas quimeras mágicas,
Nem o passado anêmico a morder
A memória, o mel do momento agora.
Agarro-me ao arquétipo desse gozo
Instantâneo, em êxtase de existir.
À metafísica declaro guerra, e
À ilusão última que tudo emperra.
Louvo a vida e o presente em que contida
Vê-se, o sumo do segundo sangrante,
O estagnar das roletas ante a aposta,
Este sol a sorrir, o amor que aflora.
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