"Ante a inspiração pura, plena"
Sempre tenho bastante medo
De que a poesia se perca
Na rigorosidade das regras,
Na formalidade que espreita
O sentido e a memória acerca
Do que ser, corrompendo o texto
Com burocráticos venenos,
Ante a inspiração pura, plena...
Esquecer a essência na métrica,
Ao ritmo o esqueleto do tempo
Dar, sufocando quem me penso
Pra aos críticos ofertar versos
Co'o peso do qu' eles esperam,
E, assim, estampar, com laurel,
O ego... E, no fundo, saber
Que a poesia se perdera.
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