sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Adriano Nunes: "Como um rabisco em meu caderno"

"Como um rabisco em meu caderno"


Esvai-se o inverno devagar
E já, sobre os vales, observo os
Alvos cravos, corvos e os cervos...
Claro, o verso é este lugar

Onde a vida posso abrigar
Com fulgor, em que bem conservo os
Arbítrios, os áureos acervos
Do que resta pra amalgamar.

Trôpego, está passando o tempo,
Enrugado, envelhecido, eterno,
Pesando o olhar, sem contratempo,

De flora vestindo-se, alterno,
A pôr o sol no cosmo a tempo,
Como um rabisco em meu caderno.

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