"A romper a estrutura do amor"
O meu coração nunca resiste
Às intempéries do inesperado.
Às vezes, com seu ruído triste,
Lança-me a um instante envenenado
Pela memória, temido, em riste.
É outro estranhamento encontrado
Dentro das laringes de grafite,
Outra chave pro deserto ao lado,
A querer dar veraz voz à vida,
A romper a estrutura do amor,
Enquanto a dúvida me trucida.
Coração, que te posso propor
Nesta existência comprometida,
Para que amarras, pétreo pudor?
Nenhum comentário:
Postar um comentário