terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Adriano Nunes: "alegria ao que se declara"

"alegria ao que se declara"


como não se permitir a
alguma estética mentira?
como não querer mudar a
vida, essa arquitetura rara

feita de quimera e atrofia ?
eis a roleta-russa, fria: a
mesma dor em dose pequena
ou nova ilíada pra helena?

como poder sucumbir a
o poema que o peito admira
e  assim ver-se  amalgamar a
alegria ao que se declara?


eis a cicuta, dia a dia:
tudo que não se remedia, 

o caos que o sentir condena
a repetir  vã cantilena.





3 comentários:

Eleonora Marino Duarte disse...

adriano, perguntas que só cabem em alguém com o seu coração generoso e afetivo...

belíssimo!

acabo de ler que haverá um livro. ah! graças aos deuses!

a capa do gal... o que poderia ser mais perfeito? bem, para mim o lançamento no rio de janeiro. eu seria a primeira da fila, amigo!

um beijo.

Ana Tapadas disse...

Excelente, meu amigo!
(linda a capa, sugestiva)
Beijo

Anônimo disse...

Olá, Adriano.

Não sei ao certo como cheguei até o seu blogue, mas não importa! O mais importante foi que cheguei e pude matar a minha sede de versos nesses poemas maravilhosos que aqui encontrei.

Vc escreve lindamente!

Sigo-te, para não perder mais o caminho de volta. :)

Grande abraço!