"SINOS DE MINAS"
Dois sinos tocam ao finado,
um maior, como do céu chamando,
e a alma melancólica respondendo
'Já vou indo, meu pai'
é o sino menor dobrado.
Outro sino
nove vezes na tarde badala
ad aeternum evocando a chegada
do antigo anjo dos mitos.
Aqui, sinos não celebram grandes impérios
nem cataclismos rememoram
nem por isso menos sino se torna
o eco do longínquo que sentimos.
Aqui também bate o sineiro
sinos doces, pequeninos
e da branca torre no natal
todo ano como num encanto
desce do Deus menino
um soprinho.
Observação: a foto, de autoria de Fernando Campanella, é de um vitral da Igreja Matriz de Brasópolis, sul de Minas Gerais.
Dois sinos tocam ao finado,
um maior, como do céu chamando,
e a alma melancólica respondendo
'Já vou indo, meu pai'
é o sino menor dobrado.
Outro sino
nove vezes na tarde badala
ad aeternum evocando a chegada
do antigo anjo dos mitos.
Aqui, sinos não celebram grandes impérios
nem cataclismos rememoram
nem por isso menos sino se torna
o eco do longínquo que sentimos.
Aqui também bate o sineiro
sinos doces, pequeninos
e da branca torre no natal
todo ano como num encanto
desce do Deus menino
um soprinho.
Observação: a foto, de autoria de Fernando Campanella, é de um vitral da Igreja Matriz de Brasópolis, sul de Minas Gerais.
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