quarta-feira, 14 de abril de 2010

Adriano Nunes:"Pela fresta da fechadura" - Para Antonio Cicero

"Pela fresta da fechadura" - Para Antonio Cicero




Deus existe e nos mata
De medo.
Eu sou livre e mais nada
Desejo.

Na praia,
Outros deuses estão
Na graça
Dos olhos e das mãos,

Vendendo qualquer tara...
Eu vejo-os!
Afrodites, Apolos...
Na areia, Eros, Iaras...

Tudo se faz num dia
Sem pressa.
Que onda doida agora essa?
Seria

Tolice crer na vida
Além
Dessa nossa, meu bem.
Duvida

De quê? Deus há e não há
Como ir
Em frente... Tomo um rumo,
Sozinho, diferente.

O mundo
É tudo
Que não penso... Mas amo-o
Assim:

Sentindo-o no poema,
Cercando-o no poema,
Vivendo-o
Sem fim.







5 comentários:

Isabel Santos Garrido disse...

Muito bom poema amigo, você cada vez melhor, grande beijo.

Isabel Santos.

Ana Tapadas disse...

Particularmente bem concebido e com um ritmo que me cativou.
bjs

Bípede Implume disse...

Meu amigo Adriano
Tenho pena de não ser um crítico de poesia, de poder analisar este seu poema de uma maneira mais intelectual mas o meu saber é só sentimento por isso é com ele que me expresso. E ele me tocou e me identifico com ele. Bem hajas pelo bem que fazes a pessoas como eu.
Beijinho.
Isabel

dado disse...

Belo poema, Adriano.
Agradeço o comentário no meu blog, e aproveito para avisar que abri um novo:
http://doisz.blogspot.com/

Um abraço!
Dado

dado disse...

Adriano,

agradecido pela dica do gadget!
Abração,
Dado