"Mais vivo. Tudo Convém" - Para Péricles Cavalcanti
Às vezes, volto do verso,
Mais vivo. Tudo convém
Porque quero, e sinto, além
De mim, o meu ser disperso
Em mistérios. Que se esconde
Do poeta? O coração
Não me livra da equação
Do tempo: fugir por onde?
Com que força de vontade
Não ceder, a tal rompante,
Ao que me cerca e me invade?
Entrego-me. É importante
Dar trégua à cumplicidade
Das musas, mais adiante.
4 comentários:
Muito bom, mas sinto-me como na tua primeira estrofe.
beijinho
Fugir para onde?
Já Pessoa disse:
Não se pode fugir
não se pode fugir...
Um abraço
"Sinto além
De mim o meu ser disperso
Nas palavras."
adriano, você é um artista de imagens e gestos.
que belo verso, que bela imagem.
um abraço de fã!
Também me sinto assim tantas vezes, Adriano... Mas eu não saberia descrever este sentimento tão bem e tão intensamente como fez neste poema. Belo demais.
beijo.
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