domingo, 12 de abril de 2009

Adriano Nunes: "Perpetuum mobile"

"Perpetuum mobile"


Por que dizem que o coração
Pensa, pena, prosa, se apenas
Pulsa, e, assim está, de antemão,
Pronto pra as pontes de safenas?

Não adianta a percussão
Involuntária se pequenas
As chances de perdurar são,
Nem novenas e cantilenas

Valerão. No peito estão presas
As regras rudes das surpresas...
Como em todo lhano lugar,

O amor que dá pra amalgamar,
Deve-se colher, pra calhar
De vez, e, tê-lo, feito defesas.




3 comentários:

Ana Tapadas disse...

Muito belo o poema.
Beijinho

Adriana Riess Karnal disse...

Gostei muito de tua comparação do coração como órgão e como objeto abstrato que faz sangrar...dois lados de uma moeda muito parecida.

Eloisa disse...

Belíssimo poema.....

Eloisa