terça-feira, 14 de outubro de 2008

Adriano Nunes: "Entrave"

"Entrave"



E eu que sustentava
O peso das tuas manias,
Que suportava calado
Todos os teus devaneios,
Que faço agora?

Que farei
Da cama e dos livros,
Depois? Como maliciar
As minhas fraquezas de
Menino

Perdido?
Como fecharei a porta
Dos fundos?
Não mais terei coragem
De apagar as luzes?
Os demônios
Da solidão,
Como exorcizarei?
Os meus sonhos
Por quais campos de intrigas
Andarão?

As minhas dúvidas
Que farão
Das horas
Quando descobrirem
Que já foste
Embora?

E eu que achava
Que eras só um poema
À-toa.


Um comentário:

Isabel Santos Garrido disse...

Tio, acredite se quiser, mais eu me senti parte desta tua poesia... sei que é pura pretensão minha, mas eu tenho esse direito de vez em quando, não é... beijos meu anjo... sempre sua amiga, Bebel Santos.