"Da vidraça"
Eu observo a chuva
que cai.
Sinto a tentativa dela,
tão bela,
de chegar até a mim.
A tarde vai cinza
ficando.
As pombas se encolhem
e vão se alojando
como podem.
Eu, que nada posso
ou possuo, vou
sufocando um grito
de angústia
e desespero.
Da vidraça,
eu vejo
as minhas lágrimas
despencarem
do céu.
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