terça-feira, 27 de outubro de 2009

Adriano Nunes: "Soneto de amor IX"

"Soneto de amor IX"



Dentro de um verso, clamado amor
Dispersa-se alegre... O cosmo agora
Vibra diferente, mas lá fora
Outra efígie à minha quer se opor,

Presa à vã memória. Por loucura,
Às pressas, minh'alma a refletir,
Em êxtase, deixa-se, e,
 a fluir
Mais imprecisa cura procura,

Espectro que ao espelho busca,  bem
Que o sentir  turva, quase prazer:
Quimeras e promessas por quem?

Ante a ilusão, como refazer
O coração, se ao porvir convém

A mudanças só satisfazer?








Um comentário:

Ana Tapadas disse...

A Quimera...eterna busca.
Gostei
bj