"Da inquietude de tudo" - para Frejat
Sim, já faz algum tempo
Que ouvi, além dos muros
Da inquietude de tudo,
O grito do alheamento
A reclamar de Métis
Um átimo a mais, talvez
A vida duma vez,
O desejo sem lei.
Que ouvi, além dos muros
Da inquietude de tudo,
O grito do alheamento
A reclamar de Métis
Um átimo a mais, talvez
A vida duma vez,
O desejo sem lei.
Sim, já faz certo tempo
Que senti, fundo, dentro
Da solidão de ser
Quem me percebo e penso
O susto dos que estão
Em apuros co'a verve
Dos sóis do coração.
Ah, quanto já sonhei!
Que senti, fundo, dentro
Da solidão de ser
Quem me percebo e penso
O susto dos que estão
Em apuros co'a verve
Dos sóis do coração.
Ah, quanto já sonhei!
Vem, Mnemósine, a tempo
De engendrar em mim mundos
Sonoros, o que excede
Do óbvio, à flor do Lete!
Sim, tanto tempo fez
Que abriguei no olhar quão
Do amor vinga canção.
De engendrar em mim mundos
Sonoros, o que excede
Do óbvio, à flor do Lete!
Sim, tanto tempo fez
Que abriguei no olhar quão
Do amor vinga canção.
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