domingo, 3 de maio de 2015

Adriano Nunes: "À tua carne tesa, ao sal"

"À tua carne tesa, ao sal"


Como expande-se a madrugada...
Entre Ítacas e Pasárgadas,
És a vontade que não passa,
O delicioso pensar
Em não querer pensar em nada.
Mar de movimentos e olhares
Que se amalgama na palavra
Tara. E atiro-me à antiga tática
De num poema eternizar-te.
Treme a minha existência álacre.
E temo não poder lançar-me
À tua carne tesa, ao sal
Do teu infinito - O total
Êxtase da Arte ao cantar-te.

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