domingo, 23 de dezembro de 2012

Adriano Nunes: "Entrelinha"

"Entrelinha"


Enfim, em Creta piso.
Entre o infinito
De tudo que me sinto
E isso -
Escrito que aos poucos vem
Surgindo -
A alegria de lançar-me
Além
Do íntimo...

E, de dentro do Labirinto,
- Onde está meu bem? -
Emerge um silêncio sísmico.
Atrevo-me a beijar
O corpo pétreo do Touro de Minos
E observo, um pouco
Mais adiante, Teseu
Co' o finíssimo fio...
Segue célere, certo

De que mundo e mito,
Tudo, agora é seu.
Estranho: Disperso-me
Em sombras, fúrias, efígies e
Avanço em direção à saída.
Não há saída.
Vejo-me: O corpo pétreo
Do Touro de Minos!
Grito.

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