sexta-feira, 8 de julho de 2011

Adriano Nunes: "Que pode o verso"

"Que pode o verso"


Irei guardar-vos
Dentro do âmago,

Amor rasgado.
Cada sorriso

Dado, primeiro.

E cada sonho 

De sol, perdido,
Depois dos beijos
Que só concebo,
Enquanto ardo


Nos vãos do quarto.

A vida mais
A seguir, claro,
A que vós tínheis
A mim reservado.

Vozes e vínculos...
E vossa alma 

Outra alegria
Queria, o mínimo
Que pode o verso.

Reinventávamos 

Tudo, até certos
Caos e desertos.
Em nós o amor
Era o impostor

Que venerávamos.

Marcante era 
Tanto sentir
A falta do

Outro, qual loucos.

Uma palavra...
Assim brincávamos 

De iludir logo
Os nossos corpos, 
Com o infinito

Sempre escondido

No que à vez dito
Fora, não mais
Que isso. O átimo
Sem um propósito.


Um comentário:

carmen silvia presotto disse...

Um beijo Adriano, boa semana e bom este amar em teus versos...carinho.

carmen.