domingo, 24 de julho de 2011

Adriano Nunes: "O estranho é isto"

"O estranho é isto"



Enquanto espero
O verso
Vir à tona, o tempo
Vai passando,
Tal estranho,

Adiante,
A deambular
- De volta ao lar? -
Sem saber que
Eu o observo.

(O limite)

Adentra o
Símile ente...
- A trama se trança
Feito teia de aranha -
À casa

Da quimera mágica.
Como alcançá-lo,
Sem receios,
De onde estou, com
Uma palavra

(O liame)

Dita? Tudo
Abriga-se em meu âmago:
A intriga, o traço, o estrondo
Do impulso incontido, no círculo
Íntimo de um

Livro,
Ululante alegria.
O estranho é
Isto:
O meu coração

(O olimpo)

Livre, o sentido,
A língua, além
Do que, à socapa,
Escapa,
O êxtase em existir... Ainda.

Enquanto espero
O verso
Vir do olvido, o tempo
Vai-se programando, pesando, 

Podando o próprio canto.








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