sexta-feira, 30 de abril de 2010

Adriano Nunes: "Desde o âmago" - Para Antonio Cicero

"Desde o âmago" - Para Antonio Cicero.




Do cérebro à
Peri-
Feri-
A de uma 
Paisagem,

Os ângulos,
Os raios, 
Os restos
Dos Arcos
Do in-

Finito,
Da Lapa a
Paris,
Do discos,
Dos cálculos

Geométricos,
Da luz
Prismática,
Do abraço
Do olhar.

E desde 
O âmago
À cor
Do nervo in-
Visível,

Ao tempo 
Diver-
So, de
Ver o
Que houver.

Bem rente à 
Aresta
E ao vácuo
Da fresta 
Semi-

Aberta, a 
Ferida
Lateja, e 
O cor-
Ação,

Tal pétala, 
É re-
Tirado
Do êxtase
Mais íntimo.

O  amor
Periga 
Vir à
Estreia
Do sonho: o

Diâmetro
Do instante
É mesmo im-
Preciso...
Então,

Aqui,
No meu
Poema, as-
Sim, deixo
Explícito:

O quanto 
Te Admiro,
O quanto, ó
Amigo,
Te amo!












sexta-feira, 23 de abril de 2010

ADRIANO NUNES:"Epitáfio"

"Epitáfio"




Nem a vida
Nem a morte
Mas somente

O intervalo
Impensável
Que sustenta

Tudo e mais:
O momento
Do poema.








quarta-feira, 14 de abril de 2010

Adriano Nunes:"Pela fresta da fechadura" - Para Antonio Cicero

"Pela fresta da fechadura" - Para Antonio Cicero




Deus existe e nos mata
De medo.
Eu sou livre e mais nada
Desejo.

Na praia,
Outros deuses estão
Na graça
Dos olhos e das mãos,

Vendendo qualquer tara...
Eu vejo-os!
Afrodites, Apolos...
Na areia, Eros, Iaras...

Tudo se faz num dia
Sem pressa.
Que onda doida agora essa?
Seria

Tolice crer na vida
Além
Dessa nossa, meu bem.
Duvida

De quê? Deus há e não há
Como ir
Em frente... Tomo um rumo,
Sozinho, diferente.

O mundo
É tudo
Que não penso... Mas amo-o
Assim:

Sentindo-o no poema,
Cercando-o no poema,
Vivendo-o
Sem fim.







terça-feira, 13 de abril de 2010

ADRIANO NUNES: "Seu corpo"

"Seu corpo"




Seu corpo
É pele
É pelo
É poro
É porto
É ponte
Propósito
Poema

É ouro
É osso
É onda
É ósculo
É ótimo
É óbvio
É outro
Olhar

É máscara
É massa
É mármore
É marco
É mais
É mar
É margem
Miragem.