quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Adriano Nunes: "Do sol do raro engenho"

"Do sol do raro engenho"


Ó manhã de portentos!
Outra rubra rosa arrebenta-se adentro.
Não será a ululante alegria de
Poder fazer um verso,
De o fulgor vingar ver
Do sol do raro engenho,
Estar de Eros perto,
E furtar-lhe todas flechas
Na hora certa, sem
Temer o que poderá acontecer,
Amalgamar-se pra sempre no silêncio
De silício da palavra transcender?
Manhã de sonhos densos!
Colher a rosa do ser e dá-la a alguém.

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