terça-feira, 3 de junho de 2014

Adriano Nunes: "Entre as dores que me atestam"

"Entre as dores que me atestam"



É preciso estar desperto
Para o tempo
Ilhado do alheamento.
Que perigo ronda, perto,
O que quero!
Só um verso! Só um verso!
Entre as dores que me atestam
Ser quem sou, apenas esta
Em mim pede
Ao que lhe
Mais interessa
Para ser (ou pra ser breve?)
Quem a escreve.
É preciso estar atento
Para o que
Vinga adentro.
Eis a regra: ser poeta!
Que perigo sonda, vejo,
O desejo:
Só um verso (será um beijo?)
Contra o tédio!

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