"O amor não pode ser só"
Que dizer do amor
Que se espalhou em mim
Feito incêndio numa floresta,
Fungo em foto antiga,
Ferrugem em peça preciosa,
Traça em tecido raro,
Medos metastáticos?
O amor não pode ser só
Isto: mentira, metáfora,
Miragem,
Mito.
Onde se escondeu o horizonte
De alegria e faróis férteis,
Aquele ramo de vida
Infinito,
A que labirinto se entregou
O íntimo,
O que ainda precisa ser dito?
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Adriano Nunes: "O amor"
"O amor"
No horário previsto,
O amor fez-se isto:
Assombro infinito,
A força de atrito
De tudo que dito
Foi, miragem, mito.
No horário previsto,
O amor fez-se isto:
Assombro infinito,
A força de atrito
De tudo que dito
Foi, miragem, mito.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Adriano Nunes: "planícies"
"planícies"
o vazio dele
o vazio dela
o vácuo do umbigo do tempo
a pele
a pílula
o efeito fatal do sono
o sonho o sonho o sonho...
até quando?
o vagão partindo
a simetria sincera do trilho
a ilusão me deglutindo
depois, nem isso.
o poço profundo
outro mundo
outro escuro
outro escudo
a mesma máscara mesclada
à vida que tarda
outra diáspora
o trauma
o nêutron
a névoa
a mágica moldando a alma
depois, nada.
o vazio dele
o vazio dela
o vácuo do umbigo do tempo
a pele
a pílula
o efeito fatal do sono
o sonho o sonho o sonho...
até quando?
o vagão partindo
a simetria sincera do trilho
a ilusão me deglutindo
depois, nem isso.
o poço profundo
outro mundo
outro escuro
outro escudo
a mesma máscara mesclada
à vida que tarda
outra diáspora
o trauma
o nêutron
a névoa
a mágica moldando a alma
depois, nada.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Do violento olvido" - Para Antonio Cicero.
"Do violento olvido" - Para Antonio Cicero
Ulisses retido
Na praia, escarcéu...
Quem afaga o véu
Do violento olvido
Enquanto o incontido
Dá cor a esse céu
Sub-reptício? Ao léu,
O amor é mantido
No que não se diz
Do amor, por um triz.
(A nuvem não erra:
Outro lapso a encerra?)
E, o Astuto, feliz,
Calipso bendiz.
Ulisses retido
Na praia, escarcéu...
Quem afaga o véu
Do violento olvido
Enquanto o incontido
Dá cor a esse céu
Sub-reptício? Ao léu,
O amor é mantido
No que não se diz
Do amor, por um triz.
(A nuvem não erra:
Outro lapso a encerra?)
E, o Astuto, feliz,
Calipso bendiz.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
terça-feira, 26 de abril de 2011
Adriano Nunes: "A linguagem"
"A linguagem"
Trancado nas proximidades
Do nexo
Da arquitetura do silêncio
Do quarto, sinto-me
Mais preso à solidão
Do que ao temporal
Meu labirinto.
Chove, sobre
As emendas mal costuradas
Dos meus desassossegos,
Quânticas quimeras,
Deliciosa tentação de não ser
Coisa alguma,
Depois das três e meia.
A lingua-
Gem me
Re-ceia: aSua inalcançável forma
Deixa-me a ponto de
Rasgar a folha,
Ficar a querer as amarras ácidas
Da palavra impossível,
Enquanto o sangue das ideias
Esvai-se,
De veia em veia,
Através de um ritmo
De corte.
Feito as estrelas,
Ante o instante para o seu ato
Mais substantivo,
O verso espreita-me,
Por entre as frestas
Do cárcere mais íntimo,
Explicita-me...
Vaidades, voos, desesperos,
Solilóquios, desditas,
Amores, amarguras à moda,
Alegrias sem voltas,
Existência em êxtase,
Vontades infinitas...
Trancado nas proximidades
Do nexo
Da arquitetura do silêncio
Do quarto, sinto-me
Mais preso à solidão
Do que ao temporal
Meu labirinto.
Chove, sobre
As emendas mal costuradas
Dos meus desassossegos,
Quânticas quimeras,
Deliciosa tentação de não ser
Coisa alguma,
Depois das três e meia.
A lingua-
Gem me
Re-ceia: aSua inalcançável forma
Deixa-me a ponto de
Rasgar a folha,
Ficar a querer as amarras ácidas
Da palavra impossível,
Enquanto o sangue das ideias
Esvai-se,
De veia em veia,
Através de um ritmo
De corte.
Feito as estrelas,
Ante o instante para o seu ato
Mais substantivo,
O verso espreita-me,
Por entre as frestas
Do cárcere mais íntimo,
Explicita-me...
Vaidades, voos, desesperos,
Solilóquios, desditas,
Amores, amarguras à moda,
Alegrias sem voltas,
Existência em êxtase,
Vontades infinitas...
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Adriano Nunes: "O poema" - Para Péricles Cavalcanti
"O poema" - Para Péricles Cavalcanti
O poema,
Elo de palavras,
Pouco a pouco,
Calha e deixa o
Infinito rastro
De que é tudo ou nada.
O poema vaza,
Faz a sua mágica
Trapaça: feliz
Faz-me, todo solto,
Traços, tramas, traumas,
Tanto... Por um triz...
- O que mesmo diz? -
Assusta-me e rapta-me.
O poema,
Elo de palavras,
Pouco a pouco,
Calha e deixa o
Infinito rastro
De que é tudo ou nada.
O poema vaza,
Faz a sua mágica
Trapaça: feliz
Faz-me, todo solto,
Traços, tramas, traumas,
Tanto... Por um triz...
- O que mesmo diz? -
Assusta-me e rapta-me.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Canto VIII" - Para a minha mãe
"Canto VIII" - Para a minha mãe
A palavra alheia - ilha,
Liame qualquer,
Coisa também minha,
Desde Catulo a Cicero,
Decerto. Das Odes
De Horácio aos Sonetos
Do bardo inglês. A palavra,
Digo qualquer ponte,
Acaso, casulo,
Digo casa com mil asas,
Qualquer canto, salto.
A pólvora-sêmen pronta
Para explodir tudo e
Gerar o infinito.
E que se assemelha tanto
À centelha-tempo,
Abrigos e abraços,
Beijos, fome, sede, olhar.
A palavra alheia
O sonhar recheia.
A palavra alheia - ilha,
Liame qualquer,
Coisa também minha,
Desde Catulo a Cicero,
Decerto. Das Odes
De Horácio aos Sonetos
Do bardo inglês. A palavra,
Digo qualquer ponte,
Acaso, casulo,
Digo casa com mil asas,
Qualquer canto, salto.
A pólvora-sêmen pronta
Para explodir tudo e
Gerar o infinito.
E que se assemelha tanto
À centelha-tempo,
Abrigos e abraços,
Beijos, fome, sede, olhar.
A palavra alheia
O sonhar recheia.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Adriano Nunes: "De um céu estrelado" - Para Manuel Bandeira
"De um céu estrelado" - Para Manuel Bandeira
Uma estrela? A lida...
Inteiro, no verso,
O poeta imerso,
Na noite assistida,
Resiste ao bacilo
De Koch. Nem o tempo
De golpes... De um tempo
Sonhado. Senti-lo
Seria retê-lo
No peito: quão vivo,
Belo, belo selo
De luz! Que motivo
Não ter para vê-lo
Vingar, em mim, vivo?
Uma estrela? A lida...
Inteiro, no verso,
O poeta imerso,
Na noite assistida,
Resiste ao bacilo
De Koch. Nem o tempo
De golpes... De um tempo
Sonhado. Senti-lo
Seria retê-lo
No peito: quão vivo,
Belo, belo selo
De luz! Que motivo
Não ter para vê-lo
Vingar, em mim, vivo?
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Aos caninos dos críticos"
"Aos caninos dos críticos"
O meu negócio é Poesia.
Portanto, não me venham com verdades
Esteticamente absolutas,
Com conchavos, confusões, conselhos.
Não sei o que é só ser.
Sinceramente me acerto em cheio
Todas as manhãs
Quando ouço o imaginado canto dos cantos
Dos galos e dos outros pássaros
Que só para mim parecem cantar...
À espera do primeiro rabisco,
À espreita dos timbres tímidos
Das laringes de grafite,
Essa vontade de importar
O que sou de tudo lá fora.
O meu negócio é ter fôlego para o agora.
Eu faço versos, e
Isto é o meu melhor mistério,
O meu intérprete.
Não me venham com soluções práticas
Para o que não se pode expandir
Em minha alma.
Eu me curvo ante a palavra que se faça
Ponte, porto, praia, prisma, pólvora,
Paraíso,
A palavra que me absorva,
Que possa dizer o que é preciso. Depois
Posso correr o risco de estar exposto
Aos caninos dos críticos,
Servido à moda da casa, despido.
O meu negócio é Poesia.
Portanto, não me venham com verdades
Esteticamente absolutas,
Com conchavos, confusões, conselhos.
Não sei o que é só ser.
Sinceramente me acerto em cheio
Todas as manhãs
Quando ouço o imaginado canto dos cantos
Dos galos e dos outros pássaros
Que só para mim parecem cantar...
À espera do primeiro rabisco,
À espreita dos timbres tímidos
Das laringes de grafite,
Essa vontade de importar
O que sou de tudo lá fora.
O meu negócio é ter fôlego para o agora.
Eu faço versos, e
Isto é o meu melhor mistério,
O meu intérprete.
Não me venham com soluções práticas
Para o que não se pode expandir
Em minha alma.
Eu me curvo ante a palavra que se faça
Ponte, porto, praia, prisma, pólvora,
Paraíso,
A palavra que me absorva,
Que possa dizer o que é preciso. Depois
Posso correr o risco de estar exposto
Aos caninos dos críticos,
Servido à moda da casa, despido.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
terça-feira, 19 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Na vastidão de um verso"
"Na vastidão de um verso"
Outra paixão - pensara
Que ela fosse clara -
Assalta-me e não passa...
- Que possessa e devassa! -
Quer retirar de mim
Mais do que eu sou. Sim,
Mais do que sou, a sinto
Entrar no labirinto
De tudo que me penso,
Com um engano imenso
De mãos dadas. E imerso
Na vastidão de um verso,
Tento esquecer aquela
Quimera intacta e bela.
Outra paixão - pensara
Que ela fosse clara -
Assalta-me e não passa...
- Que possessa e devassa! -
Quer retirar de mim
Mais do que eu sou. Sim,
Mais do que sou, a sinto
Entrar no labirinto
De tudo que me penso,
Com um engano imenso
De mãos dadas. E imerso
Na vastidão de um verso,
Tento esquecer aquela
Quimera intacta e bela.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sábado, 16 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Não vês, frágil menino?"
"Não vês, frágil menino?"
O tempo é... De costume,
O tempo logo assume
A lógica de tudo.
O tempo é todo agudo.
O tempo... Um trem seguindo
Em frente, em trilho infindo.
O tempo é tão traquino!
Não vês, frágil menino
Abrigado em meu peito,
Não vês quanto perfeito
O tempo é? Nessa esfera,
Qualquer quimera emperra.
O tempo não tem folga,
E o entendimento empolga.
O tempo é mesmo pólvora...
Explode o nexo agora.
O tempo, grã miragem,
- As coisas mal reagem
Aos seus efeitos - passa...
E o meu tempo devassa.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Um poema para Gal" - Para Gal Oppido
"Um poema para Gal" - Para Gal Oppido
deixo à tela eixos eu e ela
o plano fundo o molde
o texto
a tinta a trama
fixo o nexo expande-se pleno
livre in-
finita mente vaga-
lumes peixes pássaros
prédios pontes mesas
bares barcos praças
báratros de luz
âmago de giz
o que nos embaraça
a graça o gesto
a greta
o que se esgarça e escapa
lápis lapso elipse letra e lábio
o fórceps o fôlego
a arquitetura cantada
a pura língua-
gem (a
parte da art (e da arte
onde nasce
o efeito o feixe sináptico
que se traduz
em quântico traço)
e não só (o não dito:
porque invade a vista
o voo a asa
a - fênix - mor)
o mistério
cavalos banda
rock pedra paris são paulo
pégasus
mosquito
raptos espaços espelhos
grafite e gravura
moldura metâmeros e metáforas
o lá fora
detalhes detentos distâncias
o rascunho (pelo punho
pula o plástico sentido
de tudo que explicito).
risco. ou
isso.
deixo à tela eixos eu e ela
o plano fundo o molde
o texto
a tinta a trama
fixo o nexo expande-se pleno
livre in-
finita mente vaga-
lumes peixes pássaros
prédios pontes mesas
bares barcos praças
báratros de luz
âmago de giz
o que nos embaraça
a graça o gesto
a greta
o que se esgarça e escapa
lápis lapso elipse letra e lábio
o fórceps o fôlego
a arquitetura cantada
a pura língua-
gem (a
parte da art (e da arte
onde nasce
o efeito o feixe sináptico
que se traduz
em quântico traço)
e não só (o não dito:
porque invade a vista
o voo a asa
a - fênix - mor)
o mistério
cavalos banda
rock pedra paris são paulo
pégasus
mosquito
raptos espaços espelhos
grafite e gravura
moldura metâmeros e metáforas
o lá fora
detalhes detentos distâncias
o rascunho (pelo punho
pula o plástico sentido
de tudo que explicito).
risco. ou
isso.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Adriano Nunes: "Mídia"
"Mídia"
a terra........está dupla-
mente............ girando
.......................girando
......................girando
girando..muita coisa
pode.....acontecer
qualquer .coisa
tanta. coisa a
mesma coisa
outra coisa
outra cois
outra coi
outra co
outra c
outra
outr
out
ou
o
a terra........está dupla-
mente............ girando
.......................girando
......................girando
girando..muita coisa
pode.....acontecer
qualquer .coisa
tanta. coisa a
mesma coisa
outra coisa
outra cois
outra coi
outra co
outra c
outra
outr
out
ou
o
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
CONCRETISMO,
POEMA
terça-feira, 12 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Que resta à lida"
"Que resta à lida"
Desta vez, não.
O tempo não
Tem coração.
O tempo tem
Pólvora - quem
Mesmo duvida?
Que resta à lida
Além da lida
Sempre perdida?
A voz é tão
Sem direção...
O tempo não
Tem tempos. Vãos,
Os sonhos sãos.
É tudo ou nada,
Numa palavra.
O tempo extingue
Tudo, em seu ringue.
E arde. E a Arte,
Que vinga, vale
O intento. Claro
Que se calado
O verso fica,
Que resplendor
Abriga a vida?
Desta vez, não.
O tempo não
Tem coração.
O tempo tem
Pólvora - quem
Mesmo duvida?
Que resta à lida
Além da lida
Sempre perdida?
A voz é tão
Sem direção...
O tempo não
Tem tempos. Vãos,
Os sonhos sãos.
É tudo ou nada,
Numa palavra.
O tempo extingue
Tudo, em seu ringue.
E arde. E a Arte,
Que vinga, vale
O intento. Claro
Que se calado
O verso fica,
Que resplendor
Abriga a vida?
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sábado, 9 de abril de 2011
Adriano Nunes: "retrato"
"retrato"
um tiro
tira uma
aluna
além
da sala.
projéteis
parecem
parar
o prédio...
colapsos:
dos lápis,
despencam
as lágrimas.
a(gravam-se)
os gritos.
um tiro
tira um
garoto
do abrigo
das aulas...
disparos!
um tiro
tira uma
aluna
além
da sala.
projéteis
parecem
parar
o prédio...
colapsos:
dos lápis,
despencam
as lágrimas.
a(gravam-se)
os gritos.
um tiro
tira um
garoto
do abrigo
das aulas...
disparos!
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Adriano Nunes: "Arte poética" -
"Arte poética"
Não creio mesmo em
Conto de fada.
Para mim, sempre
É tudo ou nada.
Todo amor vinga
Quando amor é.
O tempo passa
Quando até passa.
E passou... Nem
Deu pra saber
Se a pena fez
Valer a vez.
Porém, às vezes,
À vida entrego-me e
Cravo teu nome
Em mim - que aceites,
Espero. Um verso
Vem, de repente,
De ideias quentes.
Como? Um mistério
Dentro do cérebro!
Quimeras mágicas
Trazem-me excertos
Do que me alarga,
Tantas palavras
Com asas! Mas
Meu coração
Agarra-as mais!
E vez ou outra,
Lanço-me ao báratro
Infindo. Acho
A lida pouca.
E nado entre
Os tubarões,
Ouço sons bons,
Sozinho, plácido.
E canto alto
Pelos sagrados
Cantos do quarto:E vingo ausente.
Não creio mesmo em
Conto de fada.
Para mim, sempre
É tudo ou nada.
Todo amor vinga
Quando amor é.
O tempo passa
Quando até passa.
E passou... Nem
Deu pra saber
Se a pena fez
Valer a vez.
Porém, às vezes,
À vida entrego-me e
Cravo teu nome
Em mim - que aceites,
Espero. Um verso
Vem, de repente,
De ideias quentes.
Como? Um mistério
Dentro do cérebro!
Quimeras mágicas
Trazem-me excertos
Do que me alarga,
Tantas palavras
Com asas! Mas
Meu coração
Agarra-as mais!
E vez ou outra,
Lanço-me ao báratro
Infindo. Acho
A lida pouca.
E nado entre
Os tubarões,
Ouço sons bons,
Sozinho, plácido.
E canto alto
Pelos sagrados
Cantos do quarto:E vingo ausente.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Adriano Nunes: "O amor é consumido inscrito"
"O amor é consumido inscrito"
Uma rua após outra, a tua
Verve logo ali. No infinito,
O amor é consumido inscrito -
O cosmo deglutindo a lua.
De seguir em frente, desisto?
Volto à vida. Tudo recua
Enquanto espero ver-te, crua
Imagem: mágica! Não isto.
Que estranho estar assim aflito
Ao ler antigo verso escrito
Por mim. Algo se perpetua.
Talvez, eu não tivesse visto
Vasto vínculo - um imprevisto
No peito, o fulgor que pontua.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
Assinar:
Postagens (Atom)