"Do que dói fundo"
Vem madrugada...
Eis o ruído
De existir mundo,
Quase silêncio,
Mistério imenso!
Eis o ruído
De existir mundo,
Quase silêncio,
Mistério imenso!
O que compor
Com os fragmentos
Do que dói fundo,
Do que mais arde
Pra tudo e nada?
Com os fragmentos
Do que dói fundo,
Do que mais arde
Pra tudo e nada?
Haverá isto
No pensamento
Apenas, tido
Qual grave amor,
Oh, furor mítico,
No pensamento
Apenas, tido
Qual grave amor,
Oh, furor mítico,
A mais sonhar-te?
Com quais vestígios
De ilusão pôr
A engendrar tempos
O sol da Arte?
Com quais vestígios
De ilusão pôr
A engendrar tempos
O sol da Arte?
Oh, verve alada,
Como agarrar-te
Intacta, dentro
Do acolhedor
Devir fecundo?
Como agarrar-te
Intacta, dentro
Do acolhedor
Devir fecundo?
Já madrugada.
Este ruído
De sumos, mínimo,
Mesmo silêncio
Faz-se supor.
Este ruído
De sumos, mínimo,
Mesmo silêncio
Faz-se supor.
Adriano Nunes
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